segunda-feira, 26 de julho de 2010

Entrevista com Walter Pall

Quase me mijei nas calças quando recebi a resposta do email com as perguntas respondidas, fiquei muito feliz em saber que mesmo diante de uma vida corrida, um bonsaista desse gabarito, ainda teve tempo para me daratenção. Walter Pall é um bonsaista que despensa apresentações, vem fazendo um trabalho diferenciado na Europa, mostrando ao mundo novos conceitos e visões sobre o bonsai. Bueno, vamos as perguntas!

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Sr. Pall, é uma pergunta bem trivial e curiosa para nós, me desculpe se parece tola mas, conte-nos um pouco de sua história no bonsai. Seu inicio foi difícil e você teve quem lhe indicasse o caminho correto?
Pall: No início dos anos 80, não havia professores na Europa. Eu fui um dos pioneiros que foram para as montanhas para conseguir material e os viveiros. Eu sou totalmente autodidata e nunca tive um workshop na minha vida para me guiar. Enfim, foi muito difícil e demorou 30 anos. Hoje, esse trajeto deve levar cinco anos para um novato para chegar lá.

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Ainda possui suas primeiras plantas? Teria como mostrar algumas fotos?
Pall: Não, eu não tenho mais as minhas primeiras árvores . Não é sempre admitido, mas a maioria dos bonsai novos morrem. E também a qualidade não é absolutamente suficiente para meus padrões atuais. Eu mudei o meu "melhor" 'bonsai pelo menos quatro vezes. O que era bom em 1990 hoje considerado é obsoleto.

Conte-nos um pouco sobre o espaço que você mantém suas plantas.
Pall: Eu tenho cerca de 1000 árvores no meu jardim. A abundância de imagens estão na minha galeria http://walter-pall.de/emy_garden.jpg.dir/index.html

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Sua bandeira do naturalistic tem agradado muitas pessoas e ajudado numa visão diferente em plantas nativas de várias localidades e auxiliado a “fugir” da utilização total das regras tradicionais japonesas, mas até que ponto isso é válido? Crê que o ideal seria uma mistura harmônica das duas escolas?
Pall: É uma mistura de ambas as escolas, de fato. Se fosse realmente um bonsai natural seria chamado de "Natural Bonsai Style '. Mas ele é chamado de "Naturalistc Bonsai Style' porque só aparece natural.

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Você poderia dizer quais características são mais visíveis para identificar num bonsai um naturalistic bem executado?
Pall: Se as pessoas pensam que a árvore foi encontrada assim na natureza. Você não vê as marcas dos homens. Você não vê que a forma é feita pelo homem. Você acredita que a natureza fez tudo isso.


Sr. Pall, eu gostaria de saber se você acha que o naturalistic se enquadra em uma nova escola ou uma linha de pensamento, um estilo próprio?
Pall: Creio que existem vários estilos que estão presentes em paralelo: clássica japonesa, penjing, japonês moderno, moderno estilo ocidental clássica, o estilo naturalista, estilo escultural, estilo Bunjun etc. Eu tenho que salientar que, em algumas situações uso várias visões diferentes. Nem todos os meus bonsai são naturalistas.

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Ainda na questão do naturalistic, muitas pessoas, principalmente aqui no Brasil, tem uma visão distorcida dessa escola, pensando ser menos trabalhoso aplicar-la do que as normas comuns, o que você acha disso?
Pall: É claramente mais difícil criar um bom bonsai naturalista do que um clássico.

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Você é conhecido por sua sinceridade e objetividade, eu particularmente aprecio isso, mas há pessoas que não encaram isso muito bem, isso afeta de alguma forma seu relacionamento com elas?
Pall: Na minha cultura um homem tem que dizer o que pensa. A diplomacia é uma forma de mentir. Ser honesto é mais do que importante do ser popular.


Como um grande coletor de plantas, você prioriza quais características para coletar-las?
Pall: Só faço a coleta se eu estiver de acordo com o grande potencial da planta. Levei 30 anos para ver claramente o potencial em uma fração de segundo

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Para termos uma idéia, qual a média de tempo que você leva para dar uma forma em um bonsai coletado?
Pall: Cinco a dez anos de trabalho bem feito em uma árvore pode ser bom o suficiente para mostrar, mas com algumas árvores é preciso de vinte anos.

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Você também utiliza de misho e plantas compradas?
Pall: Eu não uso o metodo de misho, às vezes eu compro algumas plantas e muitas vezes as troco.

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Sabemos que é muito variável o composto do substrato e dos adubos usados, se puder, poderia contar como compõe esses dois?
Pall: Qualquer substrato moderno é bom, podes fazer o solo de várias formas: dividir lava-pomes, zeolito, barro cozido, pedras de isopor e similares.
Fertilizantes: Tudo o que está à venda nos centros de jardim de plantas normais. Química a cada duas semanas durante o período de vegetação e duas vezes por ano, orgânica, principalmente esterco de galinha.

Como você vê a relação interpessoal entre os bonsaistas europeus?
Pall: O meu relacionamento é bom.

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Seus workshops são famosos pelo mundo todo, por sua qualidade e meticulosidade dos trabalhos e seu reconhecimento como bonsaista é magistral , isso as vezes o deixa surpreso?
Pall: Bem, às vezes sou surpreendido por minha reputação. Eu não faço as coisas para a minha reputação. Eu tento fazer as coisas direito e a reputação é uma conseqüência secundária.

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Em alguns artigos seus, vejo que tens inovado em questões de plantas, técnicas e materiais usadas para o cultivo e tratamento do bonsai, como tem sido essas experimentações ?
Pall: Desde trinta anos que eu estou tentando encontrar coisas novas e novos métodos de bonsai. A conseqüência é que eu encontrei algumas coisas úteis.

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Você visitou o Brasil em 2008, o que achou do trabalho que tem sido feito aqui?
Pall: Fiquei muito satisfeito com o entusiasmo. Foi interessante ver que a maioria das pessoas trabalham com as árvores muito pequenas. Esta seria uma minoria em outras partes do mundo. Eu achava não encontraria bonsai tradicional no Brasil, pensava que tivessem um modo revolucionário de se fazer bonsai.

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Para mais informações e para apreciar uma invididade de fotos sobre o trabalho de Mr. Pall, visite http://walter-pall.de/ !
Saludos!

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Bonsai na Argentina


OBS:esse texto foi desenvolvido por Marita e Sergio para uma publicação espanhola, com a devida autorização, traduzi e estou postando aqui.


Apreciei muito esse texto e acho interessante para nós, brasileiros, conhecermos um pouco mais da cultura do bonsai dos hermanos. Temos em comum, a proximidade dos dois países, a interação de muitos bonsaistas, espécies disponiveis similares e alem disso, a paixão pela arte.
A rivalidade história entre brasileiros e argentinos fica de lado quando a questão é manter e fazer amizades entre bonsaistas e também no intercâmbio de informações. O crescimento no bonsai na América Latina esta numa forma de evolução crescente e forte, juntos, podemos dizer que abaixo da linha do Equador, além de não existir pecado, também existe bonsai de qualidade!
           Bueno, vamos ao texto...
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  Embora não existam registros documentados, podemos supor que a arte do bonsai chegou à Argentina através da imigração japonesa mas, a primeira bonsaista argentina foi Marcelina Kuttnig Serrota, uma lenda no mundo do bonsai. Ela nasceu em 1911, era uma professora, lecionava letras, até que em 1933 descobriu o bonsai e, posteriormente, dedicou sua vida a esta arte e divulgação. A obra de Marcelina é uma conseqüência dos ensinamentos de seu Sensei, Dr. Katsusaburo Miyamoto, um veterinário japonês que conseguiu revitalizar o histórico “Pino de San Lorenzo”. Bonsai na Argentina cresceu aos trancos e barrancos nos últimos anos. Mesmo com dificuldades na obtenção de literatura adequada e os elementos essenciais para a prática desta arte, grupo de seguidores do bonsai cresceu e hoje existem pessoas que se dedicam a essa cultura nas partes mais remotas do país.

Histórico bonsai na Argentina
Toshio Chinen, Hirata San: para todos os argentinos é de longe o maior produtor de bonsai na Argentina. Nascido na cidade de Ozato, na ilha de Okinawa, em 10 de outubro de 1929. Ele para a Argentina em 1963 e em 1964 realizou sua primeira exposição no Nikkei. Muitos bonsaistas argentinos começaram suas atividade impulsionados pela admiração por suas árvores. Seu trabalho pode ter uma visão diferente da vida, entender que podemos ser felizes, mesmo com as coisas mais simples.

Marita Gurruchaga: começou a trilhar o caminho de bonsai como hobby, mas rapidamente percebeu que a prática desta arte é um modo de vida que leva à descoberta de novos aspectos da natureza.
Desenvolveu um intenso trabalho de profesora e participa em várias conferências no país e no exterior, é talvez uma dos principais treinadores da nova geração de bonsai argentino. É parte de várias associações Bonsai. Sua obra "Bonsai Workshop" Editorial Bienvenidas, nos anos de 98,99 e 2000, viajou por toda a América Latina.

Hideo Sugimoto: nascido no Japão, tem 24 anos de magistério, na Argentina, no Jardim Japonês de Buenos Aires, no Jardim Botânico da Faculdade de Agronomia e no Sugi Studio. Treinado no Japão por seu avô e seu pai, foi um assistente durante dois anos do Dr. Katsusaburo Miyamoto, com quem aprendeu a paixão pelas árvores. Juntamente com o Engenheiro Yasuo Inomata realizam o trabalho do Jardim Japonês de Palermo.

Hsiao-Feng Wu e Tseng Tsun John (Patricia): começaram a cultivar bonsai desde que eram crianças, tendo seus pais como professores. Eles foram para a Argentina como turistas, em 1983 e depois de visitar o país tomaram a decisão de ficar. Além de uma grande coleção privada, tem um viveiro de bonsai.
Durante muitos anos, a atividade permaneceu dormente até 2003, quando o bonsai argentino começou a trilhar o caminho para bonsai moderno. A partir deste ano, foram a Argentina: Masaiko Kimura, Takeo Kawabe, Pedro Morales, Kunio Kobayashi, Walter Pall, Carlos Tramujas Eduardo Bettega Canet e Rock Júnior, entre outros artistas. Cada uma dessas visitas, permitiram a abordagem de novas técnicas e normas estéticas atuais.

A nova geração de bonsai
Uma nova geração de bonsaistas avança com uma força avassaladora, jovens e estudiosos que contam com a experiência de quem aprendeu "matando as plantas ", pois não tínhamos referências para consulta. Aliás, agora também com a tecnologia, que permite que em um clique, manter contato com os grandes mestres.
Desde 2003, o Centro Cultural Argentino del Bonsai, organiza o concurso “novos talentos” no centro de bonsai Matsuri.
O primeiro concurso foi vencido por Sebastian Ferlini, um jovem artista da cidade de Rosario. Eduardo Cujo, também de Rosário, levou o primeiro prêmio no segundo concurso. O que é notável é que, a cidade onde os primeiros vencedores são da base do bonsai na Argentina. No ano seguinte foi José Cardozo. Sergio Luciani venceu a terceira edição, Juan José Gabriel Pajón e Brenig nos próximos dois anos.

Jovens Professores
Eduardo Cujó e Sebastian Ferlini regem suas próprias escolas de Bonsai na cidade de Rosario.
Sergio Luciani ministra cursos na Bonsai Studio- viveiro de Marita, que foi sua professora, Sergio é aluno da Escola Europeia de Bonsai dirigido por Salvatore Liporace, demonstrador internacional e lidera o grupo da Escola de Bonsai Shin na cidade de Córdoba.
Argentina, além de ser um membro fundador da FELAB, o comprimento e a largura de seu território, tem um grande grupo de bonsai entre os quais estão: Pablo Filgueira, Joseph Tocci, Capellades Francisco Javier Maure, Alejandro Fernandez, Alejandro Sartori e Marta Capelli.

Bonsai puntoar
Na primavera de 2007, nasceu Bonsai puntoar, uma revista fundada por Marita Gurruchaga e Sergio Luciani, essa publicação aborda a realidade das espécies com as quais trabalhamos. Foi muito bem recebida e rapidamente se espalhou por todos os países da América Latina, e ainda recebe contribuições de artistas locais.

Mesmo, o povo gaúcho tendo muita semelhança com o povo argentino, divergimos em apenas uma coisa...
                          Pelé es mucho mejor que Maradona!
pele-em-entrevista-a-reuters-1269394466806_300x300                                          entende?!

Saludos!

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Verdade inconveniente

Quem tiver saco de ler isso, agradeço!

Muitos falam de filosofia do bonsai e o que ela trás para a nossa vida e tal, na teoria é muito bonito, se envolver com bonsai e a filosofia Zen, mas isso é muito pouco praticado pra não falar que NÃO é praticado! Até pouco tempo atrás, ainda tinha essa "esperança" de querer acreditar que a filosofia oriental do bonsai e a mística que a envolve pudesse de fato, amenizar ou melhorar certas circunstancias, que vemos no cotidiano mas, não o faz.  As vezes, achamos que é só aqui que acontece rivalidades e golpes baixos, mas não é só aqui. No mundo todo é assim, é o famoso "campeonato mundial de seres humanos"! Mesmo você não querendo participar ativamente, você participa passivamente. Na Europa é assim, nas Américas é assim, na Oceania é assim e até nos países da Ásia é assim, ou você acha que os bonsaistas japoneses morrem de amores uns pelos outros e aplicam ao pé da letra a tal filosofia generosa do bonsai?! Jamé!
Não é por que uma pessoa faz bonsai que ela é necessariamente "do bem", o bonsai não purifica a alma e a eleva à um plano superior de evolução, pois o ser humano não se encaixa a um universo estranho à sua rotina apenas por ser uma linha de pensamento da arte bonsai...o certo seria mas, não é assim na prática! Somente está no caminho do bem quem faz o bem. Ninguem se transforma para fazer parte de alguma coisa, nem pra bem nem pra mal, apenas continua sendo o que ela é. O instinto humano e os costumes são predominantes sempre, o que pode acontecer é de que a pessoa veja novos horizontes a intermédio do bonsai e faça uma reflexão, solamente assim é viável vislumbrar alguma possível melhora. Tu pode comprar a idéia e trazer alguns ensinamentos para a tua vida, mas isso como fato isolado, não irá lhe dar uma mudança de 180 graus!
Picuinhas, inveja, "trampulinagens", não estão alheios ao bonsai e nem a qualquer outra espécie de grupo de praticantes de atividades de qualquer natureza. O que acontece é que, apenas a pessoa transmite para relação inter-pessoal no universo do bonsai, o seu jeito natural de lidar com as situações no cotidiano. Há de fato, pessoas muito bondosas no bonsai, com espírito nobre de querer ajudar os outros e também há as pessoas desagradáveis (e muitas outras variantes).  É triste? É sim, porém como diria Nelson Rodrigues "é a vida como ela é!" .
Não se iludam com palavras, chavões e discursos falando da nobreza puritana da arte e da filosofia, que quem mexe com bonsai é um ser diferenciado e blá blá blá, não é nada disso!
Coisas que teoricamente andam aliadas ao bonsai, são de fatos grandes virtudes, mas irei frisar novamente, só fazer e não compreender não adianta! São valores que teríamos que ter e que o “bonsai” nos faz lembrar, cabe a quem julgar conveniente, adotar-lo. Lembrando que, se tratando o bonsai como arte, propriamente dita, envolve questões de auto-estima e ego, e cutucar-los é pode ser algo desastroso, a vaidade do ser humano é um terreno pantanoso, muito perigoso e que se tem que andar com cautela.
Para concluir, em qualquer atividade, em qualquer parte do mundo, sempre existirá pessoas boas que irão lhe estender a mão pessoas ruins que só esperam oportunidade de lhe dar uma rasteira. Fico contente em ter encontrado muitas pessoas boas que me ensinaram e que à mim dedicam amizade e certamente isso é recíproco. Faça bonsai e viva bonsai, não deixe que a relação com certas pessoas o desmotive! Faça bonsai pra você!

Saludos!

domingo, 23 de maio de 2010

Yamadori de Olivera com Andres

Uma espécie maravilhosa de planta é a oliveira, permite bons trabalhos com Jin e Shari e tem uma grande ramificação, a planta pode sofrer podas drásticas tanto na raiz quanto no tronco.
Conheci através do facebook o Andres Bicocca, argentino morador da cidade de Mendoza, que é um especialista em oliveiras, faz um magnífico trabalho em madeira morta e boas coletas.

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           Mas tchê, aonde exatamente fica a cidade de Mendoza?
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Localiza-se no oeste do país, nas bordas dos Andes, e é um importante pólo de produção de vinho e azeite.
Mendoza possui um clima árido e continental, as temperaturas apresentam uma grande oscilação anual e as precipitações são escassas. O verão é quente e úmido, com temperatura média girando em torno de 25°C, e é a época mais chuvosa do ano. O inverno é frio e seco, com temperatura média abaixo dos 10°C, geadas noturnas ocasioais e escassas precipitações. A ocorrência de neve e chuva com neve não são raras e ocorrem, geralmente, uma ou duas vezes por ano, embora com pouca intensidade nas zonas mais baixas da cidade. (peguei essa descrição da Wikipédia rsrsrsrsrs)

                                             A coleta
A descriçaõ das fotos são feitas na primeira pessoa, relatadas por Andres pelo MSN e que eu traduzi e mantive desse modo.
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2 "esta oliveira que escolhi pra extrair está em abandono total faz anos e quase ja nao tem folhas

3 a arvore ja com galhos eliminados, ya q para extracao se devem deixar apenas os galhos que vao se usar no futuro desenho, e tirar todas as folhas

4    As oliveiras tem importante reserva de savia na raiz em forma de balao e eh por isso que suportam as estacoes muito secas e incendios. tornam a brotar dede a raiz

5                              árvore com a raiz já cortada
...para extrair oliveiras se aplica uma tecnima muito particular e favoravel ao momento de palntar num vaso para bonsai. consiste em cortar a raiz com motosserra deixando entre 5 e 10 cm.


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arvore brotando apos duas semanas

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após um mês

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comecando a trabalhar a madeira


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se nota a mudança a mudança no que sera o apice da arvore

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entalhando com formao e retifica

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terminado falta so pintar com polisulfurico

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aramando galhos e formando a copa


O vaso de pedra pome

Me ocorreu faz algo diferente com essa planta, diferentes de todas as árvores da minha coleção e ja que todas estão em vasos, me pareceu uma boa idéia fazer um aso diferente, usando pedra pome

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comprei esta pedra de 120k

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fiz um buraco usando uma escova de arame grosso, nao custou muito, mas apesar de ser mole pelo tamanho demorei uma semana em terminar a pedra

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detalhe profundidade

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arvore plantada mas ficou muito grande e muito pesado viasualmente, tinha que tirar um pedaco do lado esquerdo, como marca a linha vermelha."

                                Trabalho finalizadodetalle
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foto terminada

Êita porra!!! O que vocês acharam? Eu achei muito bom o trabalho todo realizado, agradeço ao Andres por gentilmente me passar as informações, fotos e tentar entender meu "espanhol" terrível!

Saludos!

terça-feira, 6 de abril de 2010

Obrigado!!

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Gostaria muito de agradecer aos amigos e interessados no bonsai, que nesse pequeno espaço de tempo, fizeram mais de 1000 acessos! Pode não parecer muito mas, o blog não dispõe de propaganda alguma vinculada a algum lugar de grande visibilidade, são "apenas" visitas de amigos que foram sendo informados da existência do blog. Fico  contente de poder compartilhar algumas visões que tenho sobre o mundo do bonsai e mais contente ainda que, alguém leia rsrsrsrs

Saludos!

Bonsai = terapia

Todos nós sabemos que, um praticante da arte do bonsai, desenvolve paciência, ou ao menos a deveria desenvolver.  Além dessa caracteristica, o bonsai em sí, nos "ocupa" a cabeça, nos levando a desestressar da rotina do cotidiano. Na cultura budista, o bonsai está amplamente associado à exercícios de meditação, proporcionando a constante evolução da harmonia do "ser".
Como muitos de vocês, já pude comprovar a eficácia dessa arte no auxilio d, ao chegar em casa com algum "fardo"  e ser "recepcinado" por suas plantas e voltar sua atenção à elas, mesmo que por alguns instantes, esquecendo o stress e relaxando. Todas formas de harmonização e relaxamento (seja ela qual for) do seu "ser", são consideradas vertentes da meditação, e o bonsai é uma delas.
Quando você tem alguma coisa ou atividade que seja alheia ao seu dia-a-dia para se concentrar e se dedicar, algo que somente lhe dê prazer, a rotina e o peso da vida em parte, lhe é aliviado. Há pessoas que usam certos mecanismos como válvula de escape para o seu "stress" e de sua realidade, com o bonsai, em parte isso é possivel, em uma situação onde você se reencontra com seus sentimentos, poder de observação, superação e sem falar no puro contato com a natureza.
Em alguns casos, o bonsai é usado como modo de terapia ocupacional,
afim de gerar uma sensação de auto realização e relaxamento, mesmo sendo em um ambiente muitas vezes secundário. Empregando alguém em alguma tarefa, a pessoa se sentirá útil e reforçará o sentimento de inclusão e  de auto estima elevada,  a terapia ocupacional também se enquadra nos tratamentos de mentais e sociais, através de atividades específicas para ajudar as pessoas a alcançarem seu nível máximo de funcionalidade e independência e o bonsai, auxilia muito nesses aspectos.
Resumo da ópera, com as atividades envolvendo bonsai, você só tem a ganhar!

Saludos!

terça-feira, 16 de março de 2010

Raio X

 

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hahahahhaa, raio-x de uma foto minha, em que é possível ver o que "tenho na cabeça" .
obs: tomei uma surra do Fireworks pra conseguir fazer essa porra!

Saludos!

Bonsai comprado em concurso?

  Muitos discutem e põe em xeque a questão de plantas muitos trabalhadas serem vendidas para outros bonsaistas, nisso, quem é o artista responsável pela obra?
Vejo da seguinte forma, ninguém perde méritos ou fica menos bonsaista por ter um bonsai comprado! Temos que observar atentamente as modificações, saúde e técnicas do novo proprietário da planta. Bonsai não é apenas e mais uma obra de arte como um quadro que se mantém inerte, bonsai é um ser vegetal que requer cuidados e a aplicação das técnicas corretas para seu sucesso.
Maaaaaaaaaaaaaaaaas, em concursos de bonsai que julgam a arte, são em que são avaliadas as plantas, somente as plantas e não o bonsaista. Quem participa de concursos de bonsai com plantas compradas merece o título? Quem merece é a planta! Mas tchê, quem "fez" a planta virar bonsai, não merece reconhecimento? A pessoa que inicialmente conduziu a planta, tem seu mérito em quase anonimato, quem agora responde pelo bonsai é o proprietário e o próprio tem também seu mérito. Mérito por ter escolhido a planta e tratar-la diariamente. Para me fazer entender, irei me expressar com uma frase que um camarada disse " Tu já viu alguém dar um prêmio pra  Mitshubish por que o carro que eles fizeram ganhou um rali? ".
Na verdade, em concursos de bonsai, tanto faz quem criou a planta, o concurso não é pra elevar o ego de ninguém, mas o pessoal sempre  confunde a planta com o bonsaista(parece meio paradoxal). A grosso modo, o nome do proprietário, só aparece sendo mais um item na ficha de inscrição do bonsai.
Creio que para avaliar o artista em sí, teria que haver um concurso ao vivo, com os juízes observando as técnicas de cada bonsaista, para enfim, denomiar os premiados.

Saludos!

domingo, 14 de março de 2010

Mestre?

  Essa é uma designação que há algum tempo já vem me "incomodando", o que torna alguém mestre? Na nossa sociedade, mestre é quem tem mestrado, mestrado reconhecido por uma instituição de ensino que, por sua vez, é reconhecida pelo MEC.
A situação é incomoda igualmente à chamar alguém de "doutor" por ser "importante" em um cargo ou por ser "adEvogado", tolices e mais tolices, Doutor é quem tem doutorado! Simples, não? Não! A nossa sociedade, em termos informais, continua a adotar nomeações capengas para demonstrar respeito, submissão  ou apenas deixar explícito que outrem sabe mais que você em alguma coisa. 
Quando escuto alguém chamando outro de mestre, me recordo disso, o servo do Dr. Frankenstein, Igor, em suas frases sempre de acordo com que o seu "empregador"..
011608-igor-young-frankenstein                                ......" yes, maaaster"
Alguém que aprende uma coisa e ensina ao outro, pode ser considerado instrutor ou professor, mas mestre? Difícil engolir! Não sei o que há de errado em simplismente nomear a pessoa que lhe ensinou de "professor". Quando me refiro ao meu primeiro "tutor" no bonsai, sempre me refiro a ele como meu professor, não é mestre, mas para mim foi um grande professor que me tirou da ignorância, foi importantissímo naquela fase.  O termo mestre é perigoso em ambas as partes, de quem diz e de quem ouve, explico, uma pessoa com certo nível de esclarecimento sabe de suas limitações e virtudes, e certamente irá corrigir a pessoa que lhe tenha deferido o "título", mas contudo, ainda há os picaretas, que adoram se auto denominar mestres e os que aceitam de bom grado ter essa nomeação.  Lamento em dizer, ser chamado de mestre por meia dúzia de "Igors" não lhe fará saber mais e nem lhe tornar um mestre! 

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   No bonsai brasileiro, há essa infinita carência de pessoas que os guiem no escuro, mas poucos estão dispostos e saberão guiar pelo caminho correto no escuro! Realmente existem poucas pessoas especializadas, pessoas que saibam o que fazem e principalmente sejam coniventes com seus atos, pessoas que realmente possam ensinar com qualidade. Temos que ter mais cuidado com a escola de professores e tutores de bonsai, há muitos chamados de autodidatas que ignoram regras de estética ou pessoas oriundas de famílias que já praticam bonsai, isso não os fazem mestres, ok meninas?!  O único modo de ser mestre, mesmo que, mestre no seu estado, no seu país ou no mundo, é o estudo, a dedicação, a constante evolução! Ser mestre não é um título que passa de pai pra filho nem algo que se conquista só por ser pioneiro. 
Chamar alguém de professor não denigre e muito menos desvaloriza, acho um termo valoroso e muito bonito, vocês não se lembram dos seus professores escolares com carinho? Não se recordam dos ensinamentos de seus pais? Eles foram ou são seus primeiros professores!
Já que não existe algum órgão que regule esse "título" de mestre, a comunidade bonsaista denomina mestres, pessoas que dedicam sua vida ao bonsai, pessoas que sem sombra de dúvidas, somam muito para arte, professores que são destaques no mundo em referência a qualidade e pioneirismo, pessoas inquestionáveis, tais como, Kimura, Kobayashi, Liporacce, Walter Pall, Kawabe.

Saludos!

quarta-feira, 10 de março de 2010

Dois desenhos de John Naka...

..que sempre são convenientes ver!

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                                  Estilos de bonsai na natureza


Saludos!

Caracteristicas pra um bom bonsai

Vaso de acordo com o estilo e em uma cor harmônica
 +
Substrato com relativa retenção de umidade e boa drenagrem
  +
Nebari bem distribuido
  + 
Tashiagari com bom movimento 
  +
Conicidade e espesura de acordo com o tamanho da planta
  +
Galhos em boa distribuição
  +
Boa ramificação
  +
Definição do ápice
   +
Bom desenho da copa
  +
Regas corretas, adubações regulares e boa exposição ao sol
  +
Estilo adequado pra planta
   =
    Bonsai Bom


Saludos!

terça-feira, 2 de março de 2010

Vivendo e aprendendo

Buenas, depois de mostrar a foto de um trabalho meu para o amigo Valdir Hobus, ele me chamou a atenção para alguns erros que cometi.
Disse ele:
- O Jin ta muito artificial, tá muito grosso, tu tirou muito a casca, pode vir a prejudicar a circulação de seiva, a estética é importante mas a saúde da planta é mais!
Como foi o meu primeiro trabalho com Jin, devido a que não tenho plantas que permitem essa técnica, fiz burrada! Mas rezo para que a criculação continua da seiva e o tempo amenizem isso.

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Esquerda: a planta original e a direita a projeto correto sugerido pelo Valdir.

Pois é, vivendo e aprendendo, a próxima vez ficarei mais atento para tentar não cometer mais esse erro! Mais uma vez, agradeço as sugestões e as críticas dos amigos, são vitais pro crescimento!
Saludos!

Visita ao Carlos

Carlos Hentscke trabalha com bonsai há uns 25 anos, o que ele tem de experiência com bonsai eu tenho de idade rsrsrs. Em seu sítio na Lomba Grande, região rural de Novo Hamburgo, Carlos possui mais de 3 mil plantas, entre bonsai, pré bonsai e mudas. Fotografamos algumas de suas plantas, as outras fotos irão vir na sequencia.

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Uma Ficus microcarpa de Carlos sendo trabalhada por Pedro Morales

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A mesma Ficus quase dois anos depois.

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Ficus microcarpa

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A planta no meio é uma Ficus india e dois Kuro matsu à esquerda

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Um Shohin de Guabiroba

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Outro ficus microcarpa

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Um “pequeno” Cambuí

Saludos!

Arrebentando as 3 coitadas

Eu e Lucas, ontem, fomos visitar o Carlos, que foi nosso professor de bonsai há alguns anos. Somos gratos à ele por ter nos tirado da total ignorância! Também levamos 3 plantas para trabalharmos juntos!

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Guajuvira

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Carlos iniciando os trabalhos

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Trabalho feito e novo angulo para a planta!

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Cambuim

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Lucas arregaçando a planta rsrsrs

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…arrumando os cortes

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Quase “pronta”, mas o gênio que vos fala, esqueceu de tirar uma foto da planta depois de todo processo! mmmmm burro!

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Caliandra em possível novo angulo

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Mesmo fazendo acadêmica, foi bruto cortar essa encrenca!

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Retirando a casca..

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Trabalhando o Jin, por mais de uma vez, tive que largar a Makita e guspir a serragem…(agora aprendi a literalmente ficar de boca fechada) rsrsrsrs

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Dando um acabamento entre a casca e o jin
 
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Carlos não me deixou mexer com o mini-massarico, disse que criança que lida com fogo faz xixi na cama rsrsrs, então eu fiquei só jogando a água!

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Trabalho concluído, por hora! Ainda tem que afinar os Jin…Mas a frente da plantaé outro, depois tiro outra foto.

Bueno, era isso, foi uma tarde agradável na companhia de amigos e várias tentativas de fazer bonsai rsrs.

Saludos!